terça-feira, 19 de julho de 2011

A primeira glória é a reparação dos erros

"Podemos suportar as desgraças que vêm do exterior: são acidentes. Mas sofrer pelas nossas próprias faltas... Ah!, é esse o tormento da vida." Oscar Wilde

Quando olhei para este pensamento de Oscar Wilde senti necessidade de o voltar a ler. Quando o li pela primeira vez pensei com os meus botões: " Bom, se calhar não é bem assim". Quando o revi, concordei com o escritor.
É certo e sabido que o Homem sofre com algo que lhe é alheio, mas é ainda mais certo que sofre horrores quando a dor que sente se deve aos erros que cometeu.  Quando as "desgraças que vêm do exterior" ocorrem, acabamos por nos habituar à ideia, embora, muitas das vezes, nunca cheguemos a perceber o seu porquê.
Mas, quando as desgraças têm lugar devido a um erro nosso, a uma má decisão, a um pensamento impróprio, essa desgraça tem um sabor ainda mais amargo... Aqui já entendemos a razão da desgraça: nós! O Eu que insiste em falar mais alto. O orgulho que teima em ser soberano das nossas decisões. O medo de falar, de falhar, da rejeição...
O pior? Quando percebemos já é tarde demais... E aí choramos, esperneamos, gritamos... Pomos a cabeça na areia e percebemos FINALMENTE o quanto somos pequenos, mesquinhos e falíveis... 
O melhor? Apesar de, por vezes, a situação em si já não ter remédio, o erro traz consigo uma vantagem: o erro é, no fim de contas, o fundamento da verdade, a única maneira de, por vezes, fazermos o que está certo...


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