segunda-feira, 11 de julho de 2011

A paciência é a riqueza dos infelizes

Hoje apetece-me falar de PACIÊNCIA. Numa altura em que tenho de estar em repouso devido à entorse/tendinite que fiz no pé direito, parece-me fundamental falar sobre esta virtude. Num momento de crise (económica, financeira, social e de valores), como o que passamos de momento, é imperioso falar de paciência.
Há dias dei por mim a pensar que era o sofrimento em pessoa. "Mas que falta de sorte a minha!", gritei interiormente, ao perceber que não posso tocar bateria, não posso conduzir, enfim... Não posso fazer nada! Foi então que, depois de praguejar durante largos minutos, percebi que não há problema nenhuma que não possa ser resolvido pela paciência! É bem verdade! Tudo leva o seu tempo a resolver-se, é preciso esperar! Tudo se faz, é preciso tempo! Tudo se há-de compor, é preciso paciência! Tempo e paciência são, de facto, inimigos! Se não há tempo ficamos impacientes... Se temos tempo de sobra, impacientes ficamos! Ou sou eu muito estranha, ou o ser humano é descontente (e impaciente) por natureza!
Há quem diga que ter paciência é uma virtude. Eu concordo. Mas, não obstante, também acho que é uma forma de desespero, apenas um pouco mais lento.
Inevitavelmente, todos queremos o "aqui e agora", dê por onde der! Parece que vivemos apenas do momento imediato. Há tanta vida que ficou para trás e há (esperançosamente) tanta vida daqui em diante... Preocupamo-nos tanto com o passado que não aproveitamos e o futuro desfocado que ansiamos, num misto de medo e de alegria, que nos esquecemos de viver. Talvez isto seja demasiado óbvio, demasiado cliché... Mas não deixa de ser verdade!

Um dia Rosseau disse: " A paciência é amarga, mas o seu fruto é doce". Nunca ninguém irá conseguir provar o contrário!

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