sábado, 22 de janeiro de 2011

O feijão-frade

Feijão-frade: leguminosa de vagens lisas, lineares e cilíndricas, com sementes numerosas.
Este tipo de feijão constitui a base alimentar de muitas populações rurais devido ao seu elevado valor nutritivo e à sua fácil adaptação a solos de baixa fertilidade e com períodos de seca prolongada. Igualmente conhecido pelo povo português como feijão de duas caras.
Não. Não vou falar de agricultura. O pouco tempo que joguei Farmville não me permitiu adquirir grandes conhecimentos sobre o assunto. Apetece-me falar apenas das duas caras do feijão (entenda-se: pessoas). Encarem isto como uma crítica, uma opinião ou uma pura maldicência da minha parte...

Irritam-me! Oh se me irritam. Ora vai uma palmadinha nas costas, ora vai uma facadinha. Entremeamos com um sorrisinho na frente e um revirar de olhos, ao voltar a cara para o lado. Juntamos uma pitada de cinismo qb et voilá! Pode servir-se o feijão de duas caras! 
 Já dizia Oscar Wilde: " Ah!! Não me diga que concorda comigo! Quando as pessoas concordam comigo tenho sempre a impressão de que estou errado". Não quero, de todo, viciar a questão mas, efectivamente, concordo plenamente com Oscar Wilde. Quem nunca desejou que as suas ideias fossem questionadas, que os seus métodos fossem postos à prova e que fosse desafiado a fazer diferente e melhor? Eu já. Desejo isso para ontem e para amanhã. Como posso crescer sem lutas, montanhas a escalar, obstáculos por saltar? Como posso eu crescer com sorrisos amarelos à minha volta e pessoas que se comprometem a acompanhar-me na estrada da vida e que, perante um caminho mais estreito, se recusem a passá-lo para o percorrer no mesmo passeio que eu? Parece-me uma tarefa quase impossível... Isto permite-me dizer que não, não gosto dos feijões verdes que nos rodeiam. Estar com um feijão de duas caras é como comer um bitoque sem batatas fritas... É impensável!
Albert Einstein, um dia, referiu que o mundo não está ameaçado pelas pessoas más, mas sim por aquelas que permitem a maldade. Eu já me decidi: não volto a comer feijão-frade. E tu?

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