domingo, 23 de janeiro de 2011

Monstro das bolachas


Num momento de nostalgia, ao visualizar episódios da saudosa Rua Sésamo, deparei-me com o Monstro das Bolachas, aquele ser azul de porte curioso, sorridente e bem-disposto, alegre e divertido e sempre disponível para comer uma ou duas bolachas (ou o pacote inteiro). Até aposto com vocês que se ele estivesse na vossa casa, e vos comesse todo o stock de bolachas, vocês não se iriam importar... Perante tanta boa disposição e bem-estar que o Monstro das Bolachas transmite, "eu quero lá saber que ele me roube as bolachas ou o quer que seja"! 
Absurdo?! Nem por isso. Eu conheço muitos "Monstros das Bolachas" e vocês também, só que não os tratamos por esse nome; simplesmente lhes chamamos de amigos!
Não falo dos conhecidos nem dos colegas. Falo, pois, dos amigos no verdadeiro e mais puro sentido da palavra. Aqueles que conversam connosco sem preconceitos, sem se importarem de serem chatos ou intrometidos, que choram connosco quando choramos e que riem quando a situação tem mesmo piada (nem que de uma piada seca se trate!). Aqueles que num jantar comem a salada que não queremos, que transportam o nosso copo de sangria pela noite dentro sem se importarem que lhe chamem de bêbedos! Aqueles que ficam na nossa casa, após uma noitada até as 6h ou uma simples noite de cinema deprimente no sofá da sala, e que se comportam como mobilia da casa. Aqueles que vemos quase todos os dias e que, ainda assim, nos conseguem surpreender com novidades e/ou antiguidades. Aqueles que a vida levou para longe e que não se esquecem de nós. Aqueles que nos ligam ou mandam mensagens, a qualquer hora do dia, só para dizer "Olá! :)". Aqueles que nos chamam nomes e chegam atrasados aos encontros, o que não nos deixa minimamente chateados. Aqueles que, discussão após discussão, gostam ainda mais de nós, e nós deles (não, não é masoquismo!). 
Pensem: com amigos assim, interessa mesmo se nos comem as bolachas todas?!

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