sábado, 13 de agosto de 2011

Your worst battle is between what you know and what you feel

Hoje apetece-me falar de conselhos. Penso que nunca aqui debati este tema e, por variadíssimas razões, hoje vou debruçar-me sobre estas pequenas palavrinhas mágicas. Digo pequenas pois, por vezes, basta ouvirmos um "sim" ou um "não" para chegarmos a uma qualquer conclusão.
Todos nós, num determinado momento, sentimos necessidade de pedir um ou outro conselho a alguém. Umas vezes porque não fazemos ideia do que vamos fazer ou dizer, outras vezes porque não conseguimos decidir entre dois caminhos, outras vezes porque sabemos o que é o melhor a fazer, mas apenas queremos ter a certeza de que não vamos cair no ridículo das nossas acções.
É sobre este último tipo de conselho que quero "perder algum tempo" hoje.
Não sei só acontece comigo ou não, mas o certo é que já o fiz... Quer seja para ter a certeza que é o melhor a fazer, quer seja para ouvirmos a nossa boca a dizer o que apenas a nossa mente pensa, de forma a percebermos se não é estúpido o que pensamos, quer seja porque, quando as coisas são ditas, ganham uma dimensão real e tornam-se verdadeiramente exequíveis. 
Quantas vezes já lutámos com sentimentos novos e ideias que até parecem ser boas, mas que não sabemos o que fazer com elas? Quantas vezes já pensámos: "Não, isto não pode ser, não faz sentido que isto aconteça assim... O que vou fazer agora? E quantas vezes já pensámos e temos a resposta? É esta resposta que nos mói durante dias e noites. De manhã parece tudo tão impossível e ao fim da tarde já não é assim tão descabido...
É, então, quando temos este ardor doentio no peito que decidimos falar com alguém, que não nos vai dizer nada de novo... Vai dizer o que já sabemos... Mas ainda assim falamos no assunto como se estivéssemos realmente confusos e ficamos melhor, não é? Somos mesmo estranhos! Sabemos as respostas e, ainda assim, não tomamos as decisões. Deixamos andar, esperamos sentados. Pensamos: o que tiver de ser, será! Tomamos como modo de vida o "let fate take its proper course".
Não sei bem as razões que nos levam a procurar a resposta que já temos. Provavelmente queremos uma opinião diferente da nossa consciência, queremos ouvir dizer o que pensamos, de uma forma mais simplificada. Na nossa cabeça é tudo tão labiríntico e, por vezes, se a cabeça se perde, o coração tem o mapa. Também pode acontecer o coração se perder e a cabeça ter o mapa... Mas neste caso é mesmo a minha cabeça que está perdida!
Erica Jong entende que o "conselho é o que pedimos quando sabemos a solução, mas preferimos não saber". E eu não poderia estar mais de acordo!




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