sexta-feira, 27 de maio de 2011

(Not) like the movies?

O texto de hoje vai contradizer os textos que aqui tenho publicado. Não pensem que sou bipolar ou que mudo de opinião com facilidade, nada disso... Acontece que há dias em que acordamos com uma maneira de pensar diferente daquela que as pessoas diariamente esperam de nós. É notório que as pessoas esperam algo de nós, dia após dia, porque, de certa forma, as levámos a acreditar que, de facto, somos mesmo assim. Boa disposição, sorrisos alegres, piadas secas (as quais,na minha opinião, são as melhores) e uma enorme vontade de brincar com as pessoas são, sem dúvida, os ingredientes que dão sabor ao meu dia, mas, certos dias há que me contento com o silêncio, com um sorriso tímido, tendo por única companhia a música bem alta. Hoje foi o dia.
Sei que não sou a única, isto é um comportamento típico dos seres humanos que vivem rodeados por outros seres humanos. Não sei o que causa esta estranheza matinal que se prolonga durante um dia. Esta sensação de nos sentirmos estúpidos, impotentes e inúteis. Talvez seja por lidarmos com pessoas que, de uma ou de outra forma nos influenciam, talvez por nos deixarmos afectar por algo, talvez por a nossa mente andar a 1000 km/h e o nosso corpo a 50km/h... Talvez porque há coisas que não nos compete a nós mudar ou fazer acontecer, mas sim deixar que elas se proporcionem por si só, independentemente da nossa vontade. Talvez seja mesmo esta passividade humana que me irrita! O querer mas não poder, o desejar e não ter, o esperar e desesperar irritam-me tanto! 
Infelizmente, ou felizmente, a vida é mesmo um filme, em que nós somos os actores. Um dia alguém escreveu o nosso guião de vida e entregou-nos. A partir do momento em que nascemos e nos tornámos actores principais da nossa vida, limitámos-nos a interpreta-lo. Numas alturas temos uma performance brutal, digna de um Óscar e, noutras alturas, simplesmente parecemos um fraco actor dos Morangos com Açúcar. Por vezes esquecemo-nos de que somos somente os actores e queremos ser o realizador e, quando assim é, as coisas dificilmente vão correr conforme o planeado. Por vezes não percebemos porque é que algo não corre bem numa determinada altura, porque é que queremos algo e nunca conseguimos ter, porque é que tentamos alcançar uma coisa e nunca lá chegamos. Sinceramente, também não sei explicar o porquê. Só sei que, ao contrário do que pensamos, somos (totalmente) passivos no que toca a certas questões da vida e, quanto a isso, nem vale a pena espernear. Por mais que se chore ou grite, o que tivermos de passar, ninguém irá passar por nós. O que estiver reservado para nós, ninguém nos poderá tirar. Com isto arriscaria a dizer que há mesmo uma mão invisível que controla todo este filme. Mas sabem? Ainda bem. Se o nosso papel não nos tivesse sido entregue à nascença, corríamos o risco de escolher o papel errado e aí... era tarde demais!

"Anxiety weighs down the heart, but a kind word cheers it up!" in Proverbs 12.25

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