sábado, 19 de fevereiro de 2011

Juízo ou a falta dele?

O que é ter juízo: é fazer tudo certo ou saber esperar pela hora certa para fazermos a coisa errada?

Há pouco dei por mim a pensar nesta questão. Será que apenas quem faz tudo bem é que é considerado ajuízado? Será que é louco quem comete determinados "disparates" ? Será que devemos estar 12h por dia dentro de um fato, sufocados por uma gravata ou dilaceradas por uns saltos de 12cm, sem dizermos um ai, mostrando um sorriso amarelo a quem passa? É isto que é ser ajuízado? Será que o rir desalmadamente numa biblioteca de ouvidos chacinantes é sinónimo de não ter juízo?

Ao longo dos últimos tempos aprendi que se deve aproveitar ao máximo cada dia, sob pena de nos arrependermos mais tarde, por termos deixado as oportunidades passarem por nós. E se o aproveitar o dia significa rir num velório (por reencontrarmos um amigo de longa data), chorarmos como se não houvesse amanhã no casamento de um amigo, andarmos descalços numa cidade, subirmos a uma serra com os vidros do carro abertos (com temperaturas negativas lá fora), dormirmos à porta de casa, comermos um gelado na chuva ou lancharmos à hora de jantar, pois, então que o façamos! Tudo tem o seu tempo! Já basta quando os problemas chegam e não temos tempo de pensar duas vezes.

Por isso, deixo-vos a minha sentença: aproveitem a melhor altura para fazerem o pior. Vão ver que sabe muito bem cortar com as regras e sentir o vento da liberdade e a brisa da loucura na vossa vida.

" É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, do que sentar-se, fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, do que em dias frios em casa me esconder. Prefiro ser feliz, embora louco, do que em conformidade viver ". Martin Luther King

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